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talitabaldin@ica.ufmg.br

Talita Baldin

Professora Adjunta

Doutorado em Engenharia Florestal, com ênfase em Tecnologia de Produtos Florestais, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, com período sanduíche no Instituto Superior de Agronomia, ISA, Portugal. (2018)

Mestrado em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Santa Maria (2015)

Bacharelado em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Santa Maria (2013)

Gabinete:

Instituto de Ciências Agrárias UFMG Prédios Especiais da Engenharia Florestal, Serraria e Marcenaria.

Av. Universitária, 1000, Bairro Universitário, Montes Claros, Minas Gerais, CEP 39404-547

Interesses de Pesquisa

Atualmente realizo pesquisas na área de Anatomia e Química da Madeira, Qualidade da Madeira e Energia da Madeira. Possuímos uma estrutura de fornos-fornalha para realização de pesquisas sobre pirólise da madeira e seus subprodutos.

Disciplinas Oferecidas

NCA872 – TÓPICOS ESPECIAIS III – Anatomia da Madeira de Espécies do Semiárido – 2° Semestre

 NCA945 – QUALIDADE DA MADEIRA  – 1° Semestre

Projetos em Andamento

Carvão vegetal sustentável com madeiras nativas do Cerrado Mineiro

No Cerrado encontram-se diversas espécies nativas de importância econômica, sendo que algumas destas se destacam pela frequência e produção de biomassa, e pela potencialidade energética (BARCELLOS, 2007). Uma vez que a qualidade do produto destinado ao setor energético está diretamente relacionada à sua matéria-prima e ao processo, é necessário que a biomassa florestal apresente características específicas, como menores teores de umidade, holoceluloses e cinzas, e maiores valores de densidade básica, poder calorífico superior, lignina e alta fração de parede das fibras. De posse das informações sobre a qualidade da matéria-prima, o processo de produção também exerce influência no carvão vegetal. Assim, os parâmetros de temperatura e taxa de aquecimento devem ser criteriosamente monitorados. Diante do contexto, objetiva-se avaliar as características da madeira de espécies nativas do cerrado mineiro (densidade básica, teor de umidade e biometria das fibras) e seu potencial para a produção de carvão vegetal, passos importantes para o uso consciente da flora do bioma.

 

Influência do teor de umidade da madeira de Eucalyptus urograndis no balanço de massa da carbonização, com ênfase na produção de gases condensáveis

No balanço de massa total da carbonização, em média, 30% da massa inicial da madeira é convertida em carvão vegetal e 70% em subprodutos, destes 40% são gases condensáveis (licor pirolenhoso e alcatrão) e 30% não condensáveis (CO2, CH4, CO, H2). Os fatores responsáveis por estes números estão atrelados à qualidade da matéria-prima e ao controle do processo de conversão. Quanto a matéria-prima, a literatura é vasta sobre a relação inversa da umidade da madeira no rendimento e na qualidade do carvão. Porém ainda são escassas e pouco claras as informações a respeito da variação da água na madeira e sua interferência na proporção de cada um dos produtos da carbonização, especialmente na geração dos gases condensáveis, subprodutos de alto valor agregado. Diante das premissas, este estudo objetiva testar a influência do teor de umidade da madeira de Eucalyptus urograndis no balanço de massa da carbonização, com ênfase na produção de gases condensáveis. Os questionamentos respondidos com esta pesquisa poderão futuramente ser replicados nas plantas de carbonização, manejando a qualidade da matéria-prima conforme os produtos requeridos.

 

Licor pirolenhoso do processo de carbonização da madeira: caracterizações químicas e aplicações como enraizador em estacas de Eucalyptus e Corymbia (Myrtaceae)

Nas tecnologias de conversão de madeira para carvão vegetal sustentável, a pirólise e a gaseificação fazem parte da transformação da matéria-prima. Fornos-Fornalha é um sistema de produção de carvão vegetal sustentável que capta gases condensáveis convertendo em líquido enquanto queima os não condensáveis. O processo de combustão que ocorre apenas na fornalha, elimina até 96% dos não condensados poluentes gases de efeito estufa (GEE), reduzindo impactos ambientais e gerando co-produtos úteis. Na carbonização da madeira de eucalipto, ocorre a liberação de compostos químicos orgânicos que são encontrados no condensado conhecido como licor pirolenhoso (LP). O uso múltiplo e eficácia do LP como adjuvante da fitossanidade, fertilidade, conferência de vigor, fotossíntese, respiração e enraizamento de mudas de espécies florestais dependem da necessidade da planta e da frequência de aplicação, o mal preparo pode prejudicar e alterar o ecossistema florestal. É fundamental determinar as dosagens, formas e quantidade de aplicações, podendo aprimorar o uso do LP nas operações silviculturais. O objetivo da pesquisa será avaliar a composição química e o enraizamento de estacas de Eucalyptus spp. e Corymbia spp. imersas em LP obtido em diferentes temperaturas de carbonização de eucalipto.

Produções selecionadas